18 de julho, a partir das 9 horas da manhã na comunidade Trilha do Senhor entre as Av: Padre Antonio Tomás e Santos Dumont, especificamente na Rua Marechal Rondon, na Praça da Capela Nossa Senhora das Graças uma manhã com atividades culturais contra as remoções e desalojos.
Após o fim da copa da África, os grandes iniciam seus "super-projetos" para Fortaleza. Muitos processos de higienizações serão mascarados com obras. Sabemos da importância do evento para gerar emprego e renda para a capital, porém, as mudanças urbanas que a cidade deve sofrer deixa os moradores das comunidades do trilho, extremamente preocupados com mais uma remoção que, se ocorrer, deve prejudicar a vida de milhares de famílias: a instalação do VLT ( veículo leve sobre trilhos) que pretende levar os turistas do porto do Mucuripe para o Castelão durante a Copa 2014. Para fazer um alerta e sensibilizar a sociedade sobre esta questão, as comunidades farão uma manifestação hoje, 18 de julho contra a intervenção higienizante, que o Governo do Estado(CID) e Prefeitura(Luizianne) de Fortaleza querem realizar sem nenhum respeito à história e à memória destas comunidades, que tanto lutaram na construção de uma vida em sacrifício.
Chegou à vez de mostrarmos ao poder publico que estamos organizados e não queremos sair de nossas casas, que queremos melhorias como saneamento básico, lazer, educação e melhores condições de vida, tudo no próprio bairro, na própria comunidade. Pretendemos mostrar ao povo de Fortaleza e aos moradores da própria comunidade o quanto ela é boa e, que em caso de remoção, dificilmente terão acesso a essa interação e à segurança em outros bairros. Haverá apresentação das atividades culturais desenvolvidas pela comunidade como: ballet, Muay Tay, Projeto Parque do Cocó, Batucada Bate Lata e quadrilha junina.
As Comunidades do Trilho estão sempre sendo vítima de uma política urbana sem preocupação com o social. Ainda na década de 90, aproximadamente três mil famílias foram removidas sob a argumentação de construir a Via Expressa. Dessa vez o motivo é o VLT que, caso seja construído, não viabilizará que turistas conheçam o povo que construiu essa cidade com o suor da testa e os calos de suas mãos.
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